segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Particular ou Federal? Acompanhe a dúvida da nossa leitora E. R.


Vamos lá ao depoimento da nossa querida E.R. natural do estado do Paraná.

Oi Kadije, Tudo bom? Eu tava lendo seu blog e achei muito interessante, sou estudante de Engenharia Química e estou passando por um momento conturbado na decisão do meu futuro profissional, que saber se você pode me tirar algumas dúvidas?  Eu tô no final do segundo ano de engenharia química numa universidade federal, tenho 23 anos demorei um pouco pra me decidir e fiz um semestre de outra engenharia e um cursinho pra entrar nela, mas hoje tenho certeza que é isso que eu quero, sou apaixonada pelo curso mesmo tendo muita dificuldade em algumas coisas, e sou mais ainda pela profissão moro fora a três anos devido ao curso e são meus pais que me sustentam, nesse ultimo ano tivemos uma grande crise financeira, nada que o impedisse de me manter lá, mas não posso fazer nada além da faculdade que é integral também, devido a tudo isso senti a necessidade de voltar pra casa, e no caso transferir o curso, só que eu teria que pedir transferência para uma particular, ela é uma universidade boa, com mais nome que algumas, as maiores vantagens são que ficarei perto da família e como o curso é um período só, poderei trabalhar, fazer estágios, e investir em outros cursos, como de outras línguas para poder tentar intercâmbio mais pra frente o que me interessa muito e todos exigem fluência em algum idioma e isso enriqueceria meu currículo, só o que me pesa muito é a "troca" de uma federal por uma particular, não sei a que ponto isso importa no mercado de trabalho, pois quando me formar só teria meu diploma pra mostrar quem sou eu, por isso estou com muito medo dessa troca lá na frente, medo de me arrepender já que não sei ao certo a que ponto isso influi!

Bem, é uma escolha difícil né galera? Mas a primeira coisa que devemos avaliar são os prós e os contras de cada universidade, no caso da nossa leitora E. R. a universidade pública que ela havia ingressado o curso dela era novo, ou seja, provavelmente não teria muito projetos em andamento e poucas oportunidades para ela desenvolver sua carreira acadêmica. Já a universidade particular que ela ingressaria é bastante antiga e renomada com diversos projetos já em andamento, com pós-graduação, mestrado, doutorado e etc. Algo que eu orientei a nossa leitora a se informar também sobre a possibilidade de fazer intercâmbio por uma das universidades e a particular dispunha dessa oportunidade o que é algo bastante positivo.

Outra coisa que tivemos que observar antes de tomar a decisão foi a greve das federais que até agora não possui data de término e ainda por cima algumas universidades correriam o risco de ter seus períodos cancelados.

Além de todos esses pontos a favor da particular a E. R. tinha os problemas financeiros em sua casa, para ela não seria muito viável continuar estudando fora de casa, no seu caso pagar uma particular sairia mais barato do que seus pais sustentá-la em outra cidade. Eu como passei por essa experiência sei o quanto é oneroso manter um filho fora de casa, é praticamente outra família, no meu caso eu não tinha escolha pois meu curso não existia na cidade dos meus pais, mas no caso da nossa leitora já que há a possibilidade é sempre bom reduzir custos para investir em outras coisas, como a possibilidade de fazer cursos de línguas entre outros.

Mas o que mais preocupava nossa leitora era a troca de uma federal por uma particular. Todos nós sempre temos um pouco de preconceito com a faculdade particular, uns por pensar que as pessoas que a frequentam tem um nível de escolaridade baixo e isso pode ser negativo, outros por pensarem que a faculdade terá poucos projetos, ou outros que tem o mesmo pensamento da nossa leitora de que faculdade federal sempre pesa mais no currículo.

Atualmente as particulares vem crescendo muito principalmente nos cursos de engenharia, e o mito da faculdade particular ser ruim está a cada dia perdendo força, atualmente o que importa são os projetos que a faculdade, tanto pública como particular, está a frente, não adianta estar numa pública na qual seu curso não tem professores qualificados, não tem projetos, não existe programa de pós graduação. Nem sempre ter "federal" estampado no seu currículo vai ser certeza de boas contratações. Quem faz nossa graduação somos nós! Não adianta simplesmente cursar disciplinas, obter aprovações, o que as empresas, e até mesmo a vida acadêmica (caso você queira seguir), notam é suas atividades extra curriculares, são os cursos que você fez, os projetos que você desenvolveu, os artigos publicados, os trabalhos voluntários, intercâmbio, as línguas nas quais você possuí fluência e etc. É essa interação que faz você aprender não só academicamente, mas como pessoa também e no fim das contas é isso que interessa, o quanto você cresce como pessoa, o quanto você pode ir além para alcançar seus objetivos!

Bem galera, por hoje é só! Estou realizando a pesquisa para nosso próximo post que será com a Odebrecht! Fiquem ligados que já já ele sai! Até mais!

2 comentários:

  1. Excelente texto.
    Peço autorização para publicá-lo em meu blog : http://engenhariaquimicacapixaba.blogspot.com.br/2012/08/noticias-da-carta-fabril.html

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    1. Pode colocar desde que faça as devidas referências! Obrigada pelo elogio!

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